quarta-feira, 31 de maio de 2017

Uso de substâncias psicodélicas

Ao longo dos anos, muitos estudos ficaram estacionados devido à falta de informação, conhecimento e criminalização. Já foi constatado que o doença do século XXI seria a depressão e com ela houve um aumento absurdo no uso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas. Temos acompanhado muitos casos de pessoas que vivem em uma profunda tristeza e de pessoas que tem se perdido no abuso de drogas. Graças a vários pesquisadores, tem se disseminado o uso de substâncias psicodélicas para reverter quadros depressivos, suicidas e também de dependência química.

O Dr Dartiu Xavier, psiquiatra e professor na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) vem defendendo e pesquisando sobre diversas terapias psicodélicas com a finalidade de proporcionar uma melhora na qualidade de vida das pessoas que sofrem destes distúrbios.

Conversa com Bial - Rede Globo

http://gshow.globo.com/programas/conversa-com-bial/videos/t/para-assinantes/v/conversa-com-bial-programa-de-terca-feira-30052017-na-integra/5906349/

Embora todas essas "drogas" psicodélicas estejam sendo utilizadas para melhora de quadros psiquiátricos, é importante salientar que NÃO SE DEVE TOMAR NENHUMA DELAS SEM FINALIDADE TERAPÊUTICA E SEM ACOMPANHAMENTO DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS, uma vez que elas também contém grau de neurotoxidade se ingerida de forma errada ou comprada de pessoas que não têm licença para fabricação.

Ibogaína, MDMA, DMT, Psilocibina, LSD, Canabis, entre outros, são ferramentas que podem mudar a vida de muitas pessoas, lembrando que é preciso usar cada uma delas com RESPONSABILIDADE dentro de um contexto médico e psicoterapêutico.




sábado, 13 de junho de 2015

Experiência Psicodélica

Um pouco sobre como a experiência psicodélica tem ajudado a salvar vidas.




Fonte: www.warrorpoet.us
           www.mundocogumelo.com

sábado, 13 de dezembro de 2014

Veja São Paulo

O controverso uso da ibogaína no tratamento contra o vício em drogas

Droga alucinógena extraída da raiz de uma planta africana é usada por paulistanos para se livrarem do vício da cocaína, do crack e da heroína



Por cerca de quinze anos, o palestrante Gadyro Nakaya Schmeling, de 36 anos, viveu dominado pela compulsão por cocaína, heroína e crack. Isso deixou nele marcas profundas: morou na Cracolândia por oito meses, roubou e foi preso, fugiu de mais de quarenta internações e chegou a ser acorrentado pelo pai em casa. “Nadafuncionava”, relembra.
Até que conheceu, pela internet, a ibogaína. Com um potente efeito alucinógeno, a substância é extraída da raiz da iboga, uma planta africana. Tem sido usada nos últimos tempos nas terapias de desintoxicação, pois amenizaria os terríveis sintomas da abstinência, a principal causa de recaída dos viciados. “Tomei uma dose única em outubro de 2012. Ela é forte e provoca uma sensação horrível, de morte. Mas nunca mais tive vontade de usar qualquer droga”, conta Schmeling.
A exemplo do que ocorreu com o consultor, várias pessoas na mesma situação estão procurando esse tratamento, ainda bastante controverso para muitos médicos. Entre outros efeitos arriscados, a ibogaína baixa muito a frequência cardíaca do usuário durante o transe, o que pode ser fatal em casos de pacientes com algum problema no coração.
Um dos centros mais conhecidos que oferecem o serviço é o Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas (IBTA), em Paulínia, a 119 quilômetros da capital. Um terço de seus pacientes é formado por paulistanos. Ali, o tratamento de desintoxicação custa 7 200 reais e dura cinco dias. Nesse período, são ministradas cinco doses e sessões de terapia.
Segundo a diretoria da clínica, a taxa de sucesso é de 70%. “Não estocamos o produto, tudo é importado sob medida para o paciente”, explica o terapeuta Rogério de Souza, um dos responsáveis pelo local. O comerciante Rodrigo Januário Simões, de 36 anos, passou por lá em 2012. Ele bateu às portas do IBTA para tentar livrar-se do vício de uma década em cocaína. Diz ter ficado surpreso com a eficácia do negócio. “De uma hora para a outra, minha fissura sumiu”, lembra. “Passei a ter nojo da droga.”
Descoberta oficialmente em 1962 peloamericano Howard Lotsof, um adictoem heroína que aos 19 anos estava à caçade um novo “barato”, a substância é aprovada no Canadá, na Nova Zelândia, no México e na maioria dos países da América Central. Ela é contraindicada para pessoas com quadros psicóticos, que usam determinados remédios, como antidepressivos, são alérgicas ou têm problemas cardiovasculares e no fígado.
Seus altos índices de sucesso se devem, de acordo com pesquisadores, a alguns mecanismos de ação. Em um deles, ousuário se desliga do presente e tem aimpressão de sonhar acordado. “É como uma expansão da consciência, você passa a ver a vida de outro jeito e fica mais aberto à mudança”, conta o consultor Schmeling.
Além disso, há uma ação cerebral ainda incerta. As hipóteses mais correntes afirmam que acontece um aumento nas sinapses entre os neurônios e uma reorganização dos neurotransmissores, o que explicaria o fim da fissura.

Por aqui, a substância não é ilegal, mas sua comercialização para finalidades terapêuticas é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quando há necessidade de uso do medicamento, entretanto, o órgão regulador autoriza a importação de países onde é legalizado, desde que isso seja feito com prescrição médica e exclusivamente para uso pessoal.
Apesar dos relatos de sucesso, o consumo no Brasil ainda é bastante controverso. Em setembro deste ano, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) finalizaram o primeiro levantamento nacional sobre a ibogaína. Foram selecionados 75 dependentesquímicos, entre usuários de crack, cocaína, maconha e álcool.
Todos tomaram uma ou mais doses do remédio. O resultado foi animador: 61% dos voluntários largaram a droga — nos tratamentos tradicionais, esse número despenca para 30%. “Pelo que observamos, a ibogaína é hoje a melhor opção contra o vício”, diz o médico Bruno Rasmussen Chaves, um dos autores do estudo.
De acordo com a psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, trabalhos como esse precisam ser encarados com reserva, pois estão longe de ser conclusivos. Segundo ela, ainda se sabe muito pouco sobre a substância e não é possível fazer alegações sobre sua eficácia. “São necessários anos de pesquisas para confirmar os dados, mesmo que as primeiras evidências apontem para resultados positivos”, afirma.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

PLANTA EFICAZ CONTRA O VÍCIO

Pesquisa brasileira mostra que remédio feito a partir de composto extraído de árvore africana interrompeu a dependência de drogas como crack e cocaína em 72% dos casos

Cilene Pereira (cilene@istoe.com.br)

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo divulgaram na semana passada resultados animadores sobre a eficácia da ibogaína no tratamento de dependências químicas. O medicamento é produzido a partir de substâncias extraídas da raiz da planta africana iboga. De acordo com trabalho conduzido na instituição, o remédio pode interromper o vício em drogas como o crack, a cocaína, a maconha e também em álcool em 72% dos casos. O artigo sobre a experiência será publicado em dezembro no “The Journal of Psychopharmacology”, importante publicação da área de farmacologia.

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PODER
Em muitos casos, foi preciso apenas uma dose
para interromper a dependência em crack


O remédio já é usado no Canadá, na Nova Zelândia e em países da América Central. Ele produz dois efeitos no cérebro. O primeiro é a elevação da concentração de uma substância capaz de criar conexões entre os neurônios e de reparar as que foram danificadas pelas drogas. A segunda é possibilitar a manutenção de quantidades adequadas de compostos cerebrais relacionados à sensação de prazer (serotononina, dopamina e noradrenalina). Dessa forma, de uma vez só, o indivíduo tem melhorado o funcionamento cerebral – antes prejudicado – e redescobre o prazer em outras coisas, e não mais nas drogas.
Na experiência da Unifesp, 75 pacientes (67 homens e oito mulheres) foram acompanhados entre 2005 e 2013. Todos haviam sido submetidos a vários tratamentos antes. “Após receberem a Ibogaína, 55% dos homens e 100% das mulheres se livraram da dependência por pelo menos um ano”, diz o médico Bruno Chaves, um dos idealizadores da pesquisa, coordenada pelo psiquiatra Dartiu Xavier. É um índice significativo, principalmente quando comparado ao obtido com a terapia tradicional, que obtém resultados semelhantes em apenas 5% a 10% dos casos.
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A maioria precisou de apenas uma dose do remédio. O dependente fica internado entre quatro e 48 horas para que receba acompanhamento médico durante a ação da ibogaína. O remédio – que tem sua importação permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – não é alucinógeno, mas estimula a produção de sonhos.
Foto: Apu Gomes/Folhapress

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Remédio ajuda usuários de crack a se livrarem da dependência química

Ibogaína é extraída de uma planta encontrada na África Central.

Medicamento é produzido no Canadá e liberado pela Anvisa.







A ciência deu mais um passo na tentativa de encontrar um tratamento que ajude os dependentes químicos a deixar a droga. Uma equipe da Universidade Federal de São Paulo está pesquisando um medicamento feito a partir da raiz de uma planta.
O remédio é forte. O paciente tem que ser monitorado o tempo todo e passa dez horas em uma espécie de sonho, onde vê uma retrospectiva de sua vida. A partir daí, a maioria consegue se livrar da droga.
A ibogaína é uma substância extraída da raiz da iboga, uma planta encontrada na África Central, usada em rituais religiosos. O medicamento é produzido no Canadá e liberado pela Anvisa.
Pacientes cardíacos ou com certas doenças neurológicas não podem usar a ibogaína. O paciente tem que ficar um mês sem usar nenhum medicamento, álcool ou droga. Depois de uma avaliação psicológica, o paciente é liberado para o tratamento.
Os primeiros pacientes foram tratados em clínicas de reabilitação. Ele recebe o medicamento em cápsulas e fica internado. O clínico geral Bruno Rasmussen Chaves acompanhou um grupo de pacientes. Os efeitos começam depois de três horas.
“Nessa situação de pensamento começa a ter o que a gente chama de expansão de consciência. Começa a entender melhor o que está acontecendo com ele, qual o espaço dele na vida dele, qual o espaço no mundo, no universo, começa a entender porque relacionamentos não estão dando certo, perceber os erros e os acertos, vê o que tem que mudar”, diz o clínico geral.
Os pesquisadores contam que durante dez horas o paciente tem uma alteração na percepção, com a sensação de reviver a própria vida. Tem lembranças fortes, emoções e sob o efeito da ibogaína consegue ver antigos problemas de uma nova forma.
O paciente é liberado depois de 24 horas. Em seguida começa a psicoterapia. A maioria não precisou tomar outra dose do medicamento. O psiquiatra que coordenou a pesquisa Dartiu Xavier da Silveira atende dependentes químicos há 27 anos e ficou animado com os resultados.
“O estudo foi muito impressionante para gente em termos de resultados porque de 75 pacientes, 61% simplesmente abandonou a sua dependência seja de álcool, seja de crack ou cocaína. Os tratamentos habituais em geral, tratam ou curam de 30% a 35% dos dependentes. Então esse estudo preliminar é muito promissor”, fala o psiquiatra.
Entretanto, ele lembra: é preciso vontade para se livrar do vício. “A ibogaína é um elemento promissor no tratamento da dependência desde que seja bem selecionado quem vai tomar, em que circunstâncias. Existe essa vivência psicológica, algo muito intenso, transformador, mas existem também vários estudos mostrando que tem regiões do cérebro que controlam os impulsos, a sua capacidade de gerenciar as coisas que você faz e o problema da dependência química é uma falta de controle do impulso. Então, na hora que você modifica essas regiões do cérebro através da ibogaína, você de uma certa forma, a gente até brinca, é como se você formatasse o disco rígido da sua cabeça, do seu cérebro. Você reinicia o seu cérebro. Ou seja, não existe mágica. Tratar dependência é algo complexo, é algo que não se resolve num estalar de dedos”, finaliza Dartiu Xavier da Silveira.
Crack no Brasil
O Jornal Hoje flagrou os usuários do crack em três pontos do Brasil: Porto Alegre, Salvador e São José do Rio Preto (SP). Em Porto Alegre, o Morro Santa Tereza concentra muitos usuários de crack. Por isso, os moradores estão deixando o bairro e colocando as casas à venda.
A polícia de Porto Alegre instalou 18 câmeras na região central para identificar usuários e traficantes e, assim, tentar prender os criminosos. Até o ano que vem, a ideia é ampliar o projeto para outros bairros, incluindo Santa Tereza. Faz parte desse programa também o tratamento para recuperação dos drogados.
Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, imagens mostram até crianças consumindo o crack. A Polícia Civil mapeou 40 locais utilizados pelos traficantes. Um deles é a Praça Cívica. A polícia já prendeu, de janeiro a agosto, 73 pessoas por tráfico de drogas. Cinquenta eram menores. Alguns deles foram levados para a Fundação Casa, onde recebem atendimento psicossocial, que, segundo a Fundação, inclui tratamento contra dependência de crack.
Em Salvador, a região da Gamboa é uma das mais frequentadas pelos usuários de crack. No Porto da Barra, por onde circulam muitos turistas, os usuários consomem a droga na praia mesmo. Um levantamento divulgado pelos ministérios da Justiça e da Saúde aponta a região nordeste como a que tem o maior número de usuários do Brasil.
Na Bahia, as autoridades de saúde oferecem atendimento para usuários de crack e também para os familiares. Eles também dão apoio financeiro às clínicas de recuperação.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Interessante matéria da rede UOL

Iboga, planta usada em rituais africanos , pode curar dependentes de crack


Foto: Reprodução/anthropogen.com.
Foto: Reprodução/anthropogen.com.

Estudo feito pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) indicou que a ibogaína é pelo menos cinco vezes mais eficiente para interromper a dependência química do que tratamentos convencionais. A substância é extraída da raiz da iboga, planta encontrada em alguns países africanos. “Ela é usada desde a pré-história em rituais por tribos no Gabão, na África, que professam uma religião que se chama bwiti. Eles usam essa planta em rituais de entrada na vida adulta”, explicou o médico Bruno Chaves, um dos responsáveis pela pesquisa, em entrevista à Agência Brasil. 

O estudo foi feito com 75 pacientes, entre usuários de crack, cocaína e álcool, entre janeiro de 2005 e março de 2013. Dos 67 pacientes homens, 55% ficaram livres do vício por, pelo menos, um ano. Entre as oito mulheres, a taxa foi 100%. Os tratamentos convencionais interrompem o vício em um índice que varia de 5% a 10% dos casos. Os resultados do trabalho inédito foram publicados no The Journal of Psychopharmacology, da Inglaterra, uma importante publicação na área de psicofarmacologia. 

Os participantes da pesquisa eram pessoas com histórico de dificuldades em deixar o vício. “A gente tem pacientes nesse grupo que, com 30 anos de idade, registram mais de 30 internações”, exemplificou Chaves. Eles passaram por uma avaliação psiquiátrica e uma preparação psicológica antes de serem submetidos ao tratamento. “É importante que o paciente esteja motivado para aproveitar o efeito da ibogaína”, acrescentou o médico sobre o processo de seleção. 

Originalmente a planta é usada em rituais de passagens para a vida adulta. (Foto: Reprodução).
Originalmente a planta é usada em rituais de passagens para a vida adulta. (Foto: Reprodução/kwekudee-tripdownmemorylane.blogspot.com).

A ibogaína tem efeitos semelhantes aos da , bebida feita de plantas amazônicas usada em cerimônias religiosas. “A diferença é que a ibogaína é muito mais potente do que a . Para você ter uma ideia, o efeito da  dura quatro horas. A da ibogaína dura de 24 a 48 horas”, explicou Chaves sobre a substância, que causa a sensação de expansão de consciência. “O paciente começa a perceber melhor o que ele representa na vida, qual é a função dele no planeta, quais são as coisas que está fazendo certo, o que está fazendo errado”, detalhou o médico que acompanhou os pacientes durante a administração da medicação.
Na maioria dos casos, com apenas uma dose, o medicamento corta a vontade de usar drogas e coíbe crises de abstinência. “Ela equilibra a quantidade de neurotransmissores que há no cérebro e isso faz com que o paciente tenha uma sensação de bem-estar definitiva, não é só durante o efeito da medicação. A impressão que dá é que a ibogaína interrompe o processo que leva à dependência química”, explica Chaves.
Ao acabar com o interesse pela droga, o paciente tem, segundo o médico, mais facilidade de seguir com outras etapas do tratamento, como o acompanhamento psicológico, e retomar as atividades cotidianas. Ele alerta, no entanto, para que não seja feito o uso independente da substância, que pode ter feitos colaterais, como tontura, enjoo e confusão mental, durante o período de efeito.
O objetivo agora, de acordo com Chaves, é conseguir financiamento para um estudo mais amplo, com um número maior de pacientes e testes que possam mostrar os efeitos da ibogaína no cérebro. [Da Agência Brasil]
Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/mundobit/2014/10/14/iboga-planta-usada-em-rituais-africanos-pode-curar-dependentes-de-crack/

Uso de substâncias psicodélicas

Ao longo dos anos, muitos estudos ficaram estacionados devido à falta de informação, conhecimento e criminalização. Já foi constatado que o ...